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CIRQUIN

 

Espetáculo ambulante de circo-teatro em miniatura que ganha vida dentro de uma mala.

Órion Lalli, artista pluridisciplinar brasileiro, mergulha em suas pesquisas desde o início de 2014 com base no conto de Franz Kafka "Relatório a uma Academia" e em sua jornada autodocumental como refugiado político, para dar vida a este pequeno universo criado a partir de material reciclado.

Atravessando a história do artista como refugiado político, o espetáculo passeia pelas memórias, provenientes do universo em que cresceu: o circo-teatro, criando um ambiente mágico e poderoso, propondo outra visão do que é o refúgio hoje, abordando temas como a alienação, a identidade, a busca por aceitação na sociedade e a domesticação humana.

VOLTAR NÃO É VERBO

 

 

Espetáculo-performance-manifesto sobre o exílio, concebido e interpretado por refugiados na França de hoje.

Iniciado em Junho de 2022, o projeto parte da história de artistas refugiados em palco e da decomposição dos seus afetos face à vulnerabilidade. Entre a dança-teatro, performance e inteligência artificial, o espetáculo apoia-se nas referências culturais dos membros do projeto.

Os artistas multidisciplinares revelam o olhar íntimo e profundo daqueles que vivem o exílio nos seus próprios corpos, e criam, a possibilidade de "estar" nesta nova terra que os acolhe, entre a construção e a desconstrução teórica e empírica.

CARONA PARA O FIM DO MUNDO

"Eu deixei louça na pia e comida na geladeira", tornou-se o ponto de partida para a performance que oferece no Mucem, simultaneamente uma viagem às suas memórias de infância e uma reflexão sobre a ideia de exílio. Já em adolescente, Órion foi exilado da sociedade cisgénero, antes de ser exilado do seu próprio país. Esta retrospectiva pessoal leva-o a repensar o corpo, a casa - numa altura em que a crise atribui à arquitectura residencial um papel crucial - e a memória individual.

Para Au Bout du Monde en Auto-Stop, elaborou uma lista de memórias, materializadas por objectos do quotidiano que colocou em sacos de plástico selados a vácuo, como pequenas metáforas a proteger do ambiente exterior. Num avião de cartão reconstituído segundo o modelo daquele que o seu pai lhe construiu em criança, convida o público a jogar um jogo infantil pelos espaços do museu, durante o qual se vai despojando, uma a uma, destas memórias embaladas.

MATADOURO

 

Proponho uma imersão nas questões sexuais encontradas pelo meu corpo e pelos corpos que são a antítese da heterossexualidade e do cisgénero. Codifico as narrativas atuais e denuncio o suicídio e o corpo como carne/objeto.

Matadouro é um retrato do Brasil de hoje. Segundo a Organização Mundial da Saúde, em 2021, o suicídio continua sendo uma das principais causas de morte no mundo, sendo responsável por cerca de 700 mil pessoas. No Brasil, cerca de 12 mil pessoas põem fim à própria vida todos os anos, sendo a terceira maior causa de morte entre pessoas de 15 a 29 anos.

CARTE BLANCHE

Através das papilas gustativas da minha língua vou aos poucos sentindo o sabor da realidade.

É no meu estômago que a emoção trabalha, dilui e transmuta o repertório sensível/imagético em algo físico/palpável.

 

A azia que parte do bolo fecal ainda não digerido, volta para a minha boca e ela sabe que precisa ser expelida imediatamente.

Essa série visual apresentada no festival vision d´exil reapropria o uso dos objetos/palavras, comumente presente em grande parte do meu trabalho. Cercado de imagens filosóficas que em um piscar de olhos ressignificam processos complexos do corpo refugiado no fazer cotidiano coletivo.

UN OCÉAN DE DISTANCE

 

 

 

"É bom que haja um oceano de distância entre o Brasil e o lugar que você vai!"

 

         

 

 

 

 

Essa foi uma das primeiras frases que o advogado da OAB me disse quando expus o caso do cachorro morto deixado na porta da minha casa. Se não conhece toda a história desde a censura, as ameaças e as perseguições que me levaram a pedir asilo político em França, pode clicar aqui, onde encontrará um texto explicativo.

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