top of page

MEU NAMORO COM KAFKA

Depositphotos_130181280_XL.jpg
Depositphotos_130177374_XL.jpg
lessinges2.jpg

"Li recentemente, num artigo de algum dos dez mil cabeças de vento que se manifestam sobre mim nos jornais, que minha natureza de símio ainda não está totalmente reprimida; a prova disso é que, quando chegam visitas, eu tenho predileção em despir as calças para mostrar o lugar onde aquele tiro entrou. Deviam arrancar um a um os dedinhos da mão do sujeito que escreveu isso. Eu — eu posso despir as calças a quem me apraz; não se encontrará lá nada senão uma pelúcia bem tratada e a cicatriz de um — escolhamos aqui, para um objetivo definido, uma palavra definida, mas que não deve ser mal entendida — a cicatriz de um tiro delinquente. Está tudo exposto à luz do dia, não há nada a esconder; quando se trata da verdade, qualquer um de espírito largo joga fora as mais finas maneiras. Se, ao contrário, aquele escrevinhador despisse as calças diante da visita que chega, isso sem dúvida teria um outro aspecto e quero considerar como sinal de juízo se ele não o fizer. Mas então que me deixe em paz com os seus sentimentos delicados!"

 

Trecho do livro - Um Médico Rural -  Franz Kafka "Relatório a uma Academia". 

 

Quando ingressei na minha primeira universidade em 2012, não tinha uma ideia clara do que esperar. Estava extremamente entusiasmado com a perspectiva do fazer artístico, mesmo vindo de uma família de artistas e tendo iniciado minha jornada no teatro popular aos 3 anos de idade. Meu objetivo era explorar novas possibilidades e os fazeres teatrais que eram novos para mim, uma vez que cresci imerso no que chamamos no Brasil de "Teatrão" vulgo teatro para viver. ​

 

Confesso que, em 2024, após passar por duas academias distintas e todo o processo relacionado ao meu trabalho artístico, tenho a convicção de que tenho aversão à academia. No entanto, é desconfortante perceber como essa mesma academia, que desprezo, exerceu influência sobre mim, e me molda de certa forma. Inevitavelmente, acabo retornando ao seu pensamento teórico. Ao analisar isso de maneira objetiva, percebo quão próximo sempre estive dos elementos abordados no conto de Kafka, principalmente em relação ao adestramento do corpo físico e psíquico do ator/artista. ​

 

O ato de ser adestrado é algo que me causa desconforto e feridas profundas, mas, ao mesmo tempo, é um dos fatores que persiste e martela diariamente na minha mente. Talvez por isso que apenas agora, em 2024, o conto de Kafka "Relatório a uma Academia", que conheci em 2012, faz tanto sentido para mim. Nada mais apropriado do que, para ilustrar esse momento e manter minha pesquisa documental, compartilhar um dos últimos registros em vídeo que tenho dessa fase da minha primeira experiência acadêmica.

À medida que me aprofundo no cunho documental do meu trabalho, decidi abrir a "caixinha" das memórias e resgatar textos que, de alguma forma, dialogassem com o momento atual que estou vivenciando.

Relembrar as aulas de corpo e ritmo ministradas pelo inspirador Alexandre Caetano desperta em mim uma série de emoções. Sua abordagem, permeada pelo estudo da corporeidade dos animais, era capaz de me deixar inquieto, cheio de perguntas e com uma chama ardente de vontade artística. As palavras dele ecoam em minha mente, encorajando-nos a observar as pessoas nas ruas, a analisar seus jeitos de caminhar, e a explorar os menores habitantes da terra, desvendando suas relações com o mundo à sua volta. Essa experiência abriu para mim um universo completamente novo, gerando percepções que, anos depois, em 2018, se transformariam em uma pesquisa científica intitulada "Olhar sobre o olho que nada olha", realizada no Centro de Artes Celia Helena.

Depositphotos_12292352_XL.jpg
PHOTO 2.jpg

As aulas de corpo eram seguidas pelas fascinantes aulas de Voz e Texto com o incrível Moacir Ferrar, cujas palavras eram um verdadeiro deleite para os meus ouvidos. Como ele conseguia transformar simples sons soltos no espaço em algo tão majestoso? Sua maestria em elevar até mesmo os textos mais simples a obras-primas sempre me fascinou, e essa admiração perdura até hoje. Acredito que apenas quem teve a oportunidade de aprender com esses "mestres" pode compreender plenamente o que estou expressando. Apesar de já ter tido outros "mestres" anteriormente, parecia que Ferrar e Caetano diziam exatamente o que eu precisava ouvir naquele momento crucial, enquanto eu me transformava em um futuro pesquisador e gestava o embrião da arte dentro de mim.

Foi por meio desses dois professores que conheci Kafka em 2012, juntamente com tantos outros textos que encantaram toda a turma de teatro. Lembro-me vividamente da primeira vez que assistimos ao espetáculo "Primus", onde meus dois "mestres" atuavam juntos. Até hoje, não consigo descrever completamente o que senti naquela noite! Criado em 1999, esse espetáculo é uma versão do mesmo conto de Kafka, e é impressionante como permanece atual. Alexandre Caetano e Moacir Ferraz atuavam de uma forma que eu nunca havia presenciado, explorando pensamentos profundamente enraizados no conto de Kafka e abrindo um vasto túnel de possibilidades.

Encontrei um vídeo do espetáculo "Primus", gravado no mesmo festival em que participei por duas edições. É aqui que meu coração se aquece e de onde surge grande parte das minhas referências! Mais uma vez, agradeço por terem acreditado naquele garoto de 2012.

primus.jpg

Refletindo sobre aquele período, acredito que eu era muito mais feliz do que sou hoje. Essa sensação está diretamente ligada à analogia presente no conto de Kafka sobre a domesticação do corpo do artista. Percebo como essa domesticação pode ser simultaneamente benéfica e prejudicial, moldando meu ser de maneiras complexas e contraditórias.

"Só agora começo o exercício prático. Já não estava esgotado demais pela aula teórica? Certamente: esgotado demais. Faz parte do meu destino. Apesar disso estendo a mão o melhor que posso para pegar a garrafa que me é oferecida; desarrolho-a trêmulo; com esse sucesso se apresentam aos poucos novas forças; ergo a garrafa — quase não há diferença do modelo original; levo-a aos lábios e — com asco, com asco, embora ela esteja vazia e apenas o cheiro a encha, atiro-a com asco ao chão. Para tristeza do meu professor, para tristeza maior de mim mesmo; nem com ele nem comigo mesmo eu me reconcilio por não ter esquecido — após jogar fora a garrafa — de passar a mão com perfeição na minha barriga e de arreganhar os dentes num sorriso."

Trecho do livro - Um Médico Rural -  Franz Kafka "Relatório a uma Academia". 

 

No mesmo ano, propus uma investigação em parceria com uma grande amiga, que, infelizmente, acabou abandonando o curso de teatro devido à sensação de aprisionamento nos ideais acadêmicos. A proposta da performance era abordar a possível evolução humana, explorando a criação de tudo e eu, ainda com um corpo jovem e com pouco domínio corporal, sugeri a representação de corpos primatas. Essa seria uma exploração do primeiro contato entre o que chamamos de pré-histórico, abordando a construção de um novo humano e sua evolução. A narrativa estava imersa nos pensamentos e reflexões que adquiri durante essa fase da minha vida.

Como meu trabalho é intensamente documental, possuo arquivos de praticamente todas as fases da minha vida. Encontrei uma foto e um breve vídeo de um dos primeiros ensaios dessa performance.

480352_143752592478924_1043395243_n.jpg

Nesse período, eu e algumas amigas ficamos profundamente interessadas no conto, provavelmente influenciadas pelo espetáculo "Primus", que assistimos várias vezes em diferentes locais. O mais fascinante foi descobrir que meu pai também assistiu a esse espetáculo quando estava na Unicamp, estabelecendo uma conexão especial entre as gerações. Iniciamos uma pesquisa mais ampla, explorando outras montagens e textos que nos ajudariam a compreender melhor esse universo. Foi durante essas investigações que tomei conhecimento da montagem do espetáculo "Comunicação a uma academia", dirigido por Moacyr Góes em 1993, um ano antes do meu nascimento, com a atuação de Ítalo Rossi. Infelizmente, só encontramos registros documentais dessa produção e não conseguimos assisti-la.

A dicotomia entre animal e humano (que hoje compreendo também como civilização versus barbárie) tornou-se um ponto crucial em minha pesquisa corporal. Em 2013, comecei a buscar qualquer forma de estudo relacionada a essa temática e participei da oficina da ENTOMODANCE- EA&AE, que explorava a relação do inseto no corpo do ator. A abordagem desse grupo enfocava a relação animal versus humano, o que me motivou a prosseguir com essa pesquisa, agora aplicando-a diretamente em meu próprio corpo. Cada vez mais, esse caminho me fascinava, revelando como esses elementos se conectavam de maneira profunda com o meu envolvimento crescente com Kafka.

 

"Quando em Hamburgo fui entregue ao primeiro adestrador, reconheci logo as duas possibilidades que me estavam abertas: jardim zoológico ou teatro de variedades. Não hesitei. Disse a mim mesmo: empregue toda a energia para ir ao teatro de variedades; essa é a saída; o jardim zoológico é apenas uma nova jaula; se você for para ele, está perdido. E eu aprendi, senhores. Ah, aprende-se o que é preciso que se aprenda; aprende-se quando se quer uma saída; aprende-se a qualquer custo. Fiscaliza-se a si mesmo com o chicote; à menor resistência flagela-se a própria carne. A natureza do macaco escapou de mim frenética, dando cambalhotas, de tal modo que com isso meu primeiro professor quase se tornou ele próprio um símio, teve de renunciar às aulas e precisou ser internado num sanatório. Felizmente saiu logo de lá."

Trecho do livro - Um Médico Rural -  Franz Kafka "Relatório a uma Academia". 

 

 

Que maravilha poder documentar toda a trajetória da minha vida! Olhem só essa relíquia de 2014 que encontrei, registrando uma oficina que participei. As imagens talvez não sejam as melhores, mas é possível sentir a essência desse mergulho na pesquisa animalesca!

Em 2014, com a mente repleta de ideias e uma sede por movimento, nos dedicamos a um exercício de improvisação para um projeto interdisciplinar que batizamos de "Máquina Humana". Este projeto explorava os recursos de interpretação que evidenciavam a espontaneidade do ator nas ações dramáticas. No nosso exercício, os participantes eram convocados a integrar uma máquina, transformando seus corpos em engrenagens que respeitavam um ritmo específico. Os movimentos e sons emitidos pela engrenagem deveriam ser improvisados, porém, seguindo a cadência da máquina que se formava e obedecendo às regras estabelecidas pelo facilitador. Mais uma vez, estávamos imersos na domesticação de nossos próprios corpos, dentro do ambiente acadêmico.

Aqui está um esboço da arquitetura de cena proposta nesse exercício em 2014.

MODELO.jpg

Ao revisitar meus arquivos de vídeo, deparei-me com um registro que parece ilustrar a ideia da mimese do macaco sendo explorada no meu corpo, ainda em estágio bastante inicial. Tenho uma clara lembrança de que essa gravação ocorreu na casa de uma das minhas amigas. Curiosamente, essa mesma amiga, antes de eu precisar deixar o Brasil como refugiado político em busca de asilo, me acolheu por duas semanas, proporcionando cuidado e apoio em um momento desafiador. É uma verdadeira honra encontrar esse vídeo, pois, na época, não tínhamos noção da magnitude da nossa potência criativa e até onde essa pesquisa inicialmente crua me levaria!

Ao revisitar diversos textos, encontrei uma passagem da minha primeira iniciação científica, chamada "(Per)Formar-se", realizada em 2014. Na época, eu estava tateando diferentes possibilidades do fazer artístico enquanto parte integrante da pesquisa.


"Segunda-feira 13 – outubro de 2014, uma noite fria, onde meus pensamentos já não cabiam somente no plano das ideias, uma vontade absurda de me expressar com o corpo ficou ainda mais evidente. Nesse tempo, até a possível escrita dessa iniciação, me encontro com a performance e me apaixono por essa linguagem cada dia mais […] Decidi naquela noite sair de casa e experimentar o que até então chamava de "sensações corpóreas"

 

(Per)Formar-se - A busca do conhecimento corpóreo no estado de estar, Órion Lalli


Em 2015, com um arcabouço teórico e prático mais sólido desta pesquisa, e já possuindo uma visão e domínio mais refinados do meu próprio corpo, propus a criação de um personagem para um espetáculo tradicional da cidade. Desenvolvi uma persona mais animalesca, incorporando traços de insetos, macacos, cobras e galinhas. Dessa forma, desenhava diferentes partituras corporais e sonoras ao longo de toda a cena.

Em minhas buscas, finalmente encontramos outra montagem do mesmo conto de Kafka, diferente daquela dirigida por Moacyr Góes em 1993. Esta estava em cartaz e proporcionava a oportunidade de vivenciá-la de perto. Intitulada também de "Comunicação a uma Academia", contava com a atriz Juliana Galdino, da Companhia Club Noir. Assisti a esse espetáculo duas vezes e fiquei profundamente impressionado com a sua qualidade. A estrutura vocal de Juliana ao interpretar o papel de Pedro o Vermelho, assim como sua expressão corporal enquanto "vestida" de símia, foram notáveis. Já tinha assistido outras montagens do Club Noir, mas essa foi a que mais me instigou, principalmente por ser basicamente a apresentação integral do conto de Kafka, repleta de riqueza cênica e de um conhecimento teatral incomparável. Até hoje, lembro-me vividamente da cabeça de cervo morto pendurada no cenário.

 

Encontrei apenas este vídeo na internet, mas acredito que já seja suficiente para dar uma ideia do motivo pelo qual fiquei tão impressionado com essa interpretação.

Lembro-me de um momento em 2015, quando comecei a expandir minha pesquisa por diferentes caminhos, que às vezes pareciam ser um grande labirinto sem saída. Na época, eu investigava os traços do impressionismo nos trabalhos de Kafka, explorando a ideia de distorção da realidade. Recordo-me de ler um dos seus textos, no qual ele mencionava algo sobre o animal de estimação de Adão sendo a cobra que o expulsou do paraíso, ou algo nesse sentido. Mesmo sem perceber, isso me encaminhou para as críticas ferrenhas que faço hoje à instituição chamada Igreja, e que seriam um dos motivos que me levariam a buscar asilo político.

Além disso, mergulhei nos pensamentos que permeiam suas obras, como o modo de vida opressor, e me deparei com muitas dúvidas, como por que eu consideraria a obra de Kafka como algo expressionista? Será que a sociedade é realmente evoluída? O mundo da arte é uma sociedade em si? Todas essas questões eram e ainda são um turbilhão em minha mente, talvez sem respostas definitivas.

Depositphotos_12289339_XL.jpg
PHOTO1.jpg

É realmente impressionante como, ao iniciar este texto na tentativa de desmembrar os pensamentos em torno do conto de Kafka, optei por seguir uma linha cronológica do meu trabalho, acompanhando esse processo documental até os dias atuais. É fascinante perceber como convenções tão sinceras, que a princípio podem não ter sido planejadas para formar algo relacionado, ao serem observadas de uma perspectiva mais ampla, se encaixam como um grande quebra-cabeça, formando um sentido coeso. Chegou o momento de explorar a proposta da construção do espetáculo "Erectus", apresentado em 2019 no Museu da Cidade de São Paulo. Este projeto me faz refletir sobre o crescimento dessas sensações e por que esse conto de Kafka permeia grande parte do meu trabalho.

Na continuidade desse novo estudo, proponho, de forma mais branda em muitos momentos, uma discussão sobre o império e o fundamentalismo religioso. Abordo o fato da Igreja Católica se apropriar de corpos minoritários, como a minha própria experiência de ser forçado a sair do meu país e buscar refúgio na França. Ao pensar a ditadura no Brasil, é algo que me impacta profundamente, assim como Pedro o Vermelho foi marcado no rosto com o tiro dos soldados. 

Esse conto de Kafka me persegue tanto que, durante a pandemia da Covid-19, tive a oportunidade de assistir ao espetáculo "MACACO – RELATÓRIO A UMA ACADEMIA", um experimento online dirigido por Beto Brown. Embora essa montagem não tenha me impressionado tanto quanto outras, também acrescentou à minha bagagem.

Depositphotos_12285141_XL.jpg
Depositphotos_130177360_XL.jpg


 

"Muitas vezes vi nos teatros de variedades, antes da minha entrada em cena, um ou outro par de artistas às voltas com os trapézios lá do alto junto ao teto. Eles se arrojavam, balançavam, saltavam, voavam um para os braços do outro, um carregava o outro pelos cabelos presos nos dentes. “Isso também é liberdade humana”, eu pensava, “movimento soberano.” Ó derrisão da sagrada natureza! Nenhuma construção ficaria em pé diante da gargalhada dos macacos à vista disso." 

Trecho do livro - Um Médico Rural -  Franz Kafka "Relatório a uma Academia". 

Nos meados de 2014, quando fazia parte de uma companhia de teatro itinerante, nosso passatempo como atores era decorar textos e recitá-los em situações inusitadas, como na mesa do bar, na fila do caixa do mercado ou em um posto de gasolina. Um desses textos era "A Trapezista do Circo" de Antônio Bivar, conhecido na voz de Maria Bethânia.

 

Trata-se do "capital" que persiste em domesticar os artistas, seguindo a onda norte-americana e do sistema heteronormativo nos shows, transformando o artista em um instrumento a serviço do comércio, muitas vezes sem a devida estrutura para apoiá-los, em contraste com a arte como entretenimento.

Como Kafka menciona no texto, levar esses macacos para o circo, e aqui falo do circo não apenas como uma imagem física, mas como uma alusão à arte da Broadway, ao fazer artístico. É a ideia de pagar para ver algo que, em seu habitat natural, os macacos faziam gratuitamente. Além das analogias mais superficiais que o conto traz em sua primeira leitura, crio um ambiente de "espetáculo" usando os números clássicos que aprendi quando criança no chamado "teatrão" - a dublagem, as danças burlescas e a criação de personagens caricatos. Isso serve também como uma crítica à arte e aos processos impostos nessas experiências artísticas, que, no meu caso, não são apenas físicas, mas estruturais. Reflete sobre as diferentes formas de violência que o corpo do artista sofre dentro da estrutura feudal que ainda vivemos e chamamos de "Mundo da arte".

Sem mais delongas, agradeço pela oportunidade de compartilhar esse processo criativo! Poderia escrever muitas outras páginas, mas tenho aula de francês amanhã cedo, então volto em breve!

"Seja como for, no conjunto eu alcanço o que queria alcançar. Não se diga que o esforço não valeu a pena. No mais não quero nenhum julgamento dos homens, quero apenas difundir conhecimentos; faço tão somente um relatório; também aos senhores, eminentes membros da Academia, só apresentei um relatório. "

Trecho do livro - Um Médico Rural -  Franz Kafka "Relatório a uma Academia". 

Agradecimentos Especiais: Alexandre Caetano pela possibilidade de intercâmbio e pesquisa.

Fotografias arquivo pessoal: Banco de imagens depositphotos - @ everett225 (assinatura anual)

Bibliografia do meu arquivo pessoal para estudo

(alguns deles é só clicar no link para baixar o pdf)

Essencial - Franz Kafka - Modesto Carona - Companhia das Letras/Penguin

Kafka – Poeta – Expressionista? Danielle Magalhães (Mestranda, Ciência da Literatura, UFRJ) - 2015

Símio Verossímil: Análise do conto "Um Relatório para uma Academia", de Franz Kafka - LUnara Abadia Golçalves Calixto - 2016

Teatro e Política Poesias e Peças do Expressionismo Alemão Georg Heym, Ernst Toller, Georg Kaiser

Ironia e opressão: Franz Kafka e seu "Relatório para uma academia" Karin Volobuef Revista de Letras

Vol. 34 (1994), pp. 23-33 

De Coetze a Ferréz: lições de humanismo e realismo - Rejane Pivetta de Oliveira (2009)

A Metamorfose de Franz Kafka

Texto isolado - Comunicação a uma Academia

Um Médico Rural - Franz Kafka - Modesto Carona

 

 

 

 

 

Outras adaptações que encontrei online 

"Ein Bericht für Eine Akademie" mit Klaus Kammer - https://www.youtube.com/watch?v=91UaaP_xh0Q

Boa Companhia - Primus - https://www.youtube.com/watch?v=mAudUnuNgcM&t=2869s

Samson Stepanyan: Franz Kafka " A report for an academy" 1999 - https://www.youtube.com/watch?v=11hIQ9CjrgU

Um Relatório para Uma Academia - Elias Maroso - https://www.youtube.com/watch?v=9fjq2kGJVcE&t=36s

REPORT TO AN ACADEMY by FRANZ KAFKA | ZERO POINT THEATRE COMPANY - https://www.youtube.com/watch?v=YVWQZGvHvfo

THE MONKEY - Maria Vasconcelos - https://www.youtube.com/watch?v=uBSSvSp5L4M

Rapport à une académie - par Franz Kafka - https://www.youtube.com/watch?v=bv7eI1pj6Jk

Ein Bericht für eine Akademie - Monolog mit Kilian Land - https://www.youtube.com/watch?v=m610Z1QPp3Y

Kafka's Monkey trailer - https://www.youtube.com/watch?v=fIgrci3x-4w

KAFKA "A Report to The Academy" - https://www.youtube.com/watch?v=tOkNyBBOHYk

Relatório para Uma Academia - Kymura Schetino - https://www.youtube.com/watch?v=azSptSCqK2k

Ein Bericht für eine Akademie | Franz Kafka - https://www.youtube.com/watch?v=0d1lqnQ85o0&list=PLR3CvphaK6MMkhkkEOobb5DpMRmkgRkaO&index=13

Estudando Kafka pelo Youtube

Macacos me mordam - Documentário - https://www.youtube.com/watch?v=TTQ-JPOgVc8&t=12s

Direito & Literatura 205 - Relatório para Academia - B1 - https://www.youtube.com/watch?v=QLJNm253y_A

Direito & Literatura 205 - Relatório para Academia - B2 - https://www.youtube.com/watch?v=OX_OZUgOoFQ

Essencial Kafka (Franz Kafka) Rodrigo Gurgel - https://www.youtube.com/watch?v=cp3xYNoLyM8

Lucas Tardin - Um Relato para uma Academia Franz Kafka - https://www.youtube.com/watch?v=DZiwVsukQBo&list=PLR3CvphaK6MMkhkkEOobb5DpMRmkgRkaO

O macaco de Kafka - #Série, contos [01] - https://www.youtube.com/watch?v=Xh2ZT7N6oMQ&list=PLR3CvphaK6MMkhkkEOobb5DpMRmkgRkaO&index=5

Para ler mais na internet

https://ralasfer.medium.com/comunicado-a-uma-academia-73e755058965

https://www.cultura.avancada.info/index.php/salas/65-espaco-cultural/noticias/721-contocomunicado-para-uma-academia-franz-kafka

 

bottom of page